19/05/2010

Como caminhar na busca do inédito-viável?

Como caminhar na busca do inédito-viável?
Fernanda Paulo
fernandaeja@yahoo.com.br

Nós da AEPPA buscamos teorizar nossas práticas a partir de teóricos que pensam e discutem a Educação Popular e por isto dialogamos com Paulo Freire quando falamos de RECONHECIMENTO e VALORIZAÇÃO do/a Educador/a Popular. Freire indica que o projeto que se pretende libertador deve articular-se à conscientização e à politização, na busca pela transformação. Assim, optamos pela EDUCAÇÃO POPLAR e lutamos pela dignidade desses profissionais entendendo que LUTAR pela formação é uma caminhada revolucionária no que tange as relações de classes e é nesse sentido que a AEPPA ousa ir adiante e justifica essa coragem pela “ rigorosidade metódica” que temos na metodologia escolhida para permear nossa trajetória.
Quando Letícia Guedes( presidenta da AEPPA) fala da inclusão de educadores/as populares na plataforma Paulo Freire ela diz: "Esta conquista permite que qualquer educador não efetivo da rede pública, mas que atuem na educação pública no Brasil possa buscar sua formação".
Essa ousadia da AEPPA traduz à superação do medo de enfrentar as dificuldades e limites e ao mesmo tempo entende que é possível a realização do sonho político. As parcerias na luta pelos sonhos demonstram que conseguimos equilibrar medo e ousadia na luta pela transformação da realidade dessa classe social e profissional.
Para AEPPA construir novas alternativas para a qualificação do trabalho de educadores/as só é possível porque essa construção é coletiva e dialógica. Para Freire e posso dizer que para o grupo que constitui a AEPPA, a pedagogia do diálogo é uma forma de buscar a concretização do inédito-viável, e assim podemos afirma que o caminho só se faz caminhando, pois a construção é processual.
O fazer coletivo (ir junto) é uma das alternativas para a promoção da educação libertadora e é por isto que promovemos encontros de conversas e diálogo, afim, de cada sujeito possa “ dizer a sua palavra”(FIORI). Dessa forma conseguimos ir desarticulando a “cultura do silêncio” que sugere cautelosamente e disfarçadamente com discursos democráticos que aceitemos a ideologia dominante e o discurso fatalista.
                                                        Fernanda Paulo, em 19/05/2010


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